Jesus Admirou-se da Incredulidade dos Homens!
Introdução:
Por muitos motivos, ficamos admirados,
maravilhados, surpreendidos quando olhamos para as obras de Deus. Ao ver a
majestade de uma montanha, a grandeza do mar ou a força de uma cachoeira,
ficamos admirados com a natureza. Contemplando o tamanho sem medida do
universo, a distância entre as estrelas, a perfeição da posição do nosso
planeta em relação ao sol, ficamos maravilhados. Quando uma criança nasce,
aprende andar, falar, raciocinar, cantar, jogar bola ou tocar um instrumento,
ficou admirado. As obras de Deus realmente são maravilhosas. E quando Deus olha para nós, ele fica admirado?
Muitos brasileiros têm opiniões sobre quem seria considerado o melhor jogador
de futebol de todos os tempos. Pode assistir e Mas Deus criou o homem com todo
este potencial. Deus fica admirado com a habilidade atlética de uma das suas
criaturas? Não sei fazer nada em termos de
música, mas já assisti a pessoas tocando piano com agilidade e rapidez
impressionantes, os dedos voando sobre as teclas evidentemente sem esforço,
cada nota gravada na memória. Fico maravilhado. Mas Deus criou o homem e sabe o
que é capaz de fazer. Quando alguém toca bem ou canta bem, Deus aplaude do céu
e fica admirado? Cada vez que uso um computador,
entro na Internet, uso um telefone celular, dirijo um carro ou faço uma viagem
de avião, fico admirado com os avanços na tecnologia e com a inteligência e a
criatividade do homem. Mas Deus criou o homem com este potencial e lhe deu
todos os recursos naturais para fazer grandes invenções. Deus fica admirado com
isso? Vamos ser sinceros e realistas.
Diante do Criador do universo, somos capazes de fazer algo impressionante para
Deus? Ele fica admirado conosco?
I- Jesus – Deus em Carne – Ficou Admirado, Sim!
A palavra grega freqüentemente traduzida como
admirar ou maravilhar significa: “1) admirar-se, surpreender-se, maravilhar-se”
(Léxico de Strong). Esta palavra é usada para falar da nossa admiração por Deus
(2 Tessalonicenses 1:10). São usadas várias vezes para falar da reação das
pessoas às obras de Jesus (Mateus 12:22-23; 21:20; Marcos 2:12; etc.)
Mas esta palavra é usada somente em duas ocasiões
(3 versículos) para falar da reação de Jesus ao homem. Ele se admirou, mas não
com as grandes invenções ou a capacidade mental ou física do homem. Ele ficou
admirado com a incredulidade dos homens! Vamos considerar estes dois momentos:
● A rejeição em Nazaré (Marcos
6:1-6). Quando Jesus foi para sua própria terra, os ouvintes rejeitaram às
evidências apresentadas por causa dos seus preconceitos contra um vizinho.
Jesus “admirou-se da incredulidade deles” (Marcos 6:6).
Como é que o homem olha para as provas de Deus e ainda rejeita o próprio
Criador?!
● A diferença entre um centurião e o povo
de Israel (Mateus 8:5-13; cf. Lucas 7:1-10). O centurião acreditou no
poder da palavra de Jesus, confiando que Jesus poderia “mandar” sua palavra
para cumprir sua vontade. Jesus se admirou pelo contraste entre esta fé e a
falta de fé do povo de Israel. Eles tinham tantas vantagens e tantas
oportunidades, e ainda não creram!
II- Paulo Admirou-se com o Desvio de Cristãos.
Paulo escreveu aos gálatas: “Admira-me
que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo
para outro evangelho”(Gálatas 1:6). Aqui a questão não é só a
evidência da existência de Deus ou da divindade de Jesus; envolve também a
confiança na palavra. Uma vez que temos estudado e conhecido o evangelho, é de
admirar quando alguém aceita uma doutrina errada e abandona a palavra de
Cristo.
Não é por isso que o autor de Hebreus falou de cair
e não voltar? (Hebreus 6:4-6). O que mais Deus pode fazer? Criou o mundo,
mandou o Filho, enviou o Espírito para revelar a palavra. Se alguém rejeitar
totalmente tudo isso, é de se admirar!
III- Com o quê Devemos Ficar Admirados?
Devemos ficar admirados com as obras de Deus, para
que Deus não fique admirado com a nossa incredulidade!
Temos motivo de nos admirar com as obras do
Criador. Este tema é frisado no Antigo Testamento em trechos como Salmo 19:1
– “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as
obras das suas mãos.” É o argumento que destaca a grandeza de Deus
em Isaías 40 (leia, especialmente, versículos 12-18 e 25-26). No Novo
Testamento, o mesmo argumento é usado para mostrar que ninguém tem motivo justo
para negar a existência de Deus: “Porque os atributos invisíveis de
Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente
se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas
que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis”
(Romanos
1:20).
Defesas do mesmo tipo – argumentos teleológicos
(que alguém desenhou ou alguém causou as coisas porque a existência delas
mostra um propósito) – têm sido apresentadas por muitas pessoas ao longo dos
séculos desde a época da Bíblia. Seja o exemplo de um relógio citado por Paley
séculos atrás, ou livros das décadas recentes defendendo dentro das ciências a
crença em Desenho Inteligente ou Projeto Inteligente (especialmente o argumento
de Complexidade Irredutível apresentado por Michael Behe e livros por autores como
Michael Denton, Lee Strobel, Jonathan Wells e outros), a evidência de um
Criador continua levando homens à fé em Deus.
É interessante observar que o argumento
fundamental, seja de observações simples de povos primitivos ou de investigação
profunda por cientistas altamente qualificados, é o mesmo: Alguém superior a
nós fez este mundo e nos fez, e podemos observar algumas coisas do caráter
deste Criador da própria criação. Temos motivo, também, de nos admirar com Jesus. A existência do Criador
aponta para a sua revelação especial ou verbal (Salmo 19:1,7; Romanos 1:20,17).
Não há revelação mais especial do que a de Jesus em carne. Relatos de primeira
mão testificam de Jesus ressuscitado (João 20:30-31; 1 Coríntios 15:3-8). E
quando refletimos sobre a história do amor e do poder de Deus em nos oferecer a
esperança da salvação tem motivo para ficar admirados com esta maravilhosa
graça!
IV- E Se Não Ficarmos Admirados com Deus?
O salmista fala da loucura de negar as evidências,
de não ficar admirado com Deus: “Diz o insensato no seu coração: Não
há Deus” e continua comentando sobre a conseqüência prática desta
rejeição das evidências: “Corrompem-se e praticam abominação; já não
há quem faça o bem. Todos se extraviaram e juntamente se corromperem” (Salmo
14:1-3). Quando o homem rejeita seu Criador, a tendência natural é de viver sem
as restrições de uma autoridade superior, e assim se corromper no pecado.
Outras pessoas afirmam crer em Deus, mas na hora de
provação negam sua fé. Jesus falou da gravidade desta falha: “Porque
qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das
minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na
glória de seu Pai com os santos anjos” (Marcos 8:38).
E quando nos lembramos da admiração de Paulo com os
cristãos que desviaram da revelação do evangelho, observamos também as
conseqüências graves. Ele disse que os falsos mestres perturbavam os
discípulos, pervertendo o evangelho e conduzindo pessoas a se desviarem da
verdade. Estes enganadores seriam amaldiçoados (Gálatas 1:6-9).
Conclusão.
Pr. Jarbas Caldas Diniz
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