Porque muitos começaram tão bem, e porque terminaram tão mal?

 Questionamentos

Porque muitos alcançam e começam bem a vida de sucessos e termina tragicamente, não deviam ficar e estar bem, o que seria o fracasso então?

Porque algumas pessoas começam bem na caminhada cristã logo depois abandonam e terminam mal? Poque não caminharmos no progresso cristão sempre progredindo e não regredindo?

"Portanto, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem apenas soca o ar".

( I Coríntios 9:26 )

Leia: 

(Lucas 10:38-42; e 6:46-49)

Introdução:

É de admirar ás histórias de personagens bíblicos que, quando jovens foram fiéis a DEUS, mais com o passar do tempo se distanciaram completamente dos deus caminhos. Por exemplo, o Rei Salomão. Em todos os casos, o texto bíblico deixa claro, a sinceridade de seus corações com DEUS quando jovens; a dedicação completa ao serviço do SENHOR; e o total repúdio a quem adoravam outros deuses, no entanto, com o passar do tempo, estes homens foram envelhecendo e aos poucos abandonando os propósitos de DEUS.

I- Salomão um homem que começou bem mais deixou-se influenciar por suas mulheres!

No caso de Salomão começou bem pedindo sabedoria "entendimento" a DEUS leia:

(I Reis 3:11), daí termina de forma trágica, suas inúmeras esposas o influenciaram a adorar outros deuses e construir altares pagãos no meio do povo de Israel leia: (I Reis 11:4); ou seja terminando na idolatria sem confiar em DEUS!

Como muitas pessoas que foram pra igreja e eram igreja, buscando sabedoria "entendimento", hoje muitos se deixaram perverter pelo falso entendimento e pessoas entendi de forma carnal, ou seja, sua sabedoria é preceitos e doutrinas de demônios leia:

II- O Rei Asa começou bem acreditando no poder de DEUS!

O rei Asa começou bem com diz o texto (II Crônicas 14:1-3), depois deixou de confiar no poder de DEUS, que já o tinha livrado miraculosamente em outras circunstâncias, para confiar no poder de um homem estrangeiro e de si mesmo.Foi repreendido e perseguiu os servos de DEUS que denunciaram seus erros. O texto deixa claro que ele morreu não mais confiando no poder de DEUS leia: (II Crônicas 16: 2 e 12).

Quantas pessoas aproximaram-se de DEUS pelo seu poder em sus vidas, porém, mesmo com tudo isso deixaram-se enveredar no caminho de acreditar em si mesmos e nos homens!

III- Joás serviu a DEUS enquanto o sacerdote que o criou e o influenciou estava vivo!

Joás é muito parecido com aquelas pessoas que só ficam na igreja enquanto determinado pastor ou líder estiver, ou seja, se de algum modo este morrer ou for embora esta pessoa não mais servirá a DEUS, com a morte do sacerdote Leia:

"Joás tinha sete anos de idade quando começou a reinar, e quarenta anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Zíbia, de Berseba." 

"E fez Joás o que era reto aos olhos do Senhor, todos os dias do sacerdote Joiada." 

(II Crônicas 24:1 e 2)

 Joás se deixou influenciar por outras pessoas, isso nos mostra também que algumas pessoas que são displicentes "tolas", facilmente se dão muito mal na vida por não serem pessoas de firmeza, Joás nos mostra esta categoria de pessoas que começam temendo a DEUS e passa a servir e adorar outros deuses pagãos, leia:

Porém, depois da morte de Joiada vieram os príncipes de Judá e prostraram-se perante o rei; e o rei os ouviu.

E deixaram a casa do Senhor Deus de seus pais, e serviram às imagens do bosque e aos ídolos. Então, por causa desta sua culpa, veio grande ira sobre Judá e Jerusalém.

(II Crônicas 24:17-18)

Também perseguiu e até matou o profeta Zacarias que denunciou seu erro.

IV- Nossa vida precisa ser um progresso e não um regresso constante!

Em contínuo crescimento espiritual em santidade e no conhecimento de DEUS (I Tessalonicenses 4:1; Colossenses 1:9-12); nossa vida de deve estar, ou seja, se estamos regredindo na vida e progresso cristão podemos de algum modo estar buscando deuses que fazemos ou mesmo que já existem, e por causa disto a queda, porém deve-se perguntar a si mesmo:

Quais forças estão agindo para te afastar de DEUS? Será que não são más influências? Será que não é o orgulho e a soberba que precedem a ruína?

Ou mesmo  confiança demasiada em bens materiais, no poder humano, ou em outra coisa?Ou não será que você perdeu boas referências e estais buscando líderes que só falem o que te agrade ou  que você quer ouvir? 

A Bíblia não traz solução para o problema do sofrimento, porém leva-o a sério e indica as maneiras de enfrentá-lo.

E nesse sentido que o livro de Jó oferece uma importante contribuição.

O livro começa com uma rápida visão a partir de duas perspectivas. De um lado, vemos a retidão de Jó, sua família e suas riquezas, de outro lado, a do concílio celestial, onde Deus e Satanás entram numa discussão sobre Jó. Fica claro a partir dessa discussão que os sofrimentos de Jó aconteceram com a permissão de Deus.

Só após esse consentimento é que Jó foi esmagado por uma série de tragédias, que resultaram na perda de seu rebanho, de seus servos, filhos e filhas e de sua saúde.

Foi nesse momento que seus três amigos chegaram para consolá-lo.

Inicialmente, eles apenas ficaram sentados no chão, ao lado dele, e durante orna semana não disseram nada. Como seria bom se eles tivessem continuado de boca fechada!

Ao contrário, eles despejaram toda a sua ortodoxia convencional sobre Jó, repetindo náuseas a mesma ladainha, que Jó estava só-- por causa de seus pecados. 

"O ímpio sofre tormentos a vida toda", afirmou Elifaz (15.20). "(A lâmpada do ímpio se apaga”, acrescentou Bildade 18.5), e Zofar concluiu dizendo que "o riso dos maus é passageiro" (20.5). Embora Jó tenha errado ao se deixar envolver por um sentimento de autopiedade, ele não estava errado ao rejeitar a doutrina de seus amigos ou chamá-los de "médicos que de nada valem" (13.4) e "pobres consoladores" (16.2) que não falam outra coisa senão "absurdos" (21.34). (Mais tarde, Deus confirmou o veredicto de Jó ao declarar que estava “indignado com Elifaz e seus dois amigos” (42.7), pois eles “não falaram o que é certo” a respeito dele 42.7-8.

O livro de Jó é também importante para a nossa compreensão das Escrituras. Ele nos diz que não podemos considerar as palavras dos amigos de Jó como um ensino das Escrituras. Esses discursos foram incluídos nas Escrituras com o propósito de serem contestados, não endossados. 

V- O Sofrimento do verdadeiro Cristão!

Texto-base:

(Romanos 8:18-39)

A vida que Jesus prometeu aos crentes não é uma vida somente de prazeres, mas Ele avisou que teríamos tribulações 

(Jo 16.33).

A Bíblia mostra que, ao contrário do muitos dizem, exatamente por sermos crentes, enfrentaremos aflições (II Tm 3.12; Mt 10.22; Jo 15.20; At 14.22).

São diversas as razões por que os crentes sofrem:

Como uma decorrência da queda de Adão e Eva.

Embora a Bíblia não discuta claramente a origem do mal, Ela declara a estreita relação entre a queda da humanidade e o advento do sofrimento. 

Pelo pecado entrou a morte e o sofrimento no mundo (Gn 3.16-19; Rm 5.12).

Entretanto, todo sofrimento não nos é causado por estarmos em pecado (Sl 34.19; Pv 11.31; Sl 73.13-15; 44.17-18,20-22), mas por permissão divina, para cumprir Seus propósitos.

Certos crentes sofrem pela mesma razão que os descrentes sofrem, como consequência de seus próprios atos (Gl 6.7).

Se guiarmos com imprudência o nosso automóvel, poderemos sofrer graves danos. Se não formos comedidos em nossos hábitos alimentares, certamente vamos ter graves problemas de saúde. 

O crente também sofre, pelo menos no seu espírito, por habitar num mundo pecaminoso e corrompido

(Ez 9.4; At 17.16; II Pe 2.8).

Assim como Cristo chorou em agonia por causa da cidade ímpia de Jerusalém, cujos habitantes se recusaram a arrepender-se e a aceitar a salvação (Lc 19.41), também devemos chorar pela pecaminosidade e condição perdida da raça humana.

Os crentes sofrem em decorrência de ataques do diabo e seus seguidores.

As Escrituras claramente mostram que Satanás, como “o deus deste século” (II Co 4.4), controla o presente século mau (I Jo 5.19; Gl 1.4; Hb 2.14)

Ele recebe permissão para afligir crentes de várias maneiras (I Pe 5.8,9), como fez a Jó (Jó 1-2)

Paulo reconhecia que o seu espinho na carne era “um mensageiro de Satanás, para me esbofetear” (II Co 12.7)

Vivemos numa batalha espiritual (Ef 6.12) e é inevitável a ocorrência de adversidades.

Os crentes são “insubordinados” num sistema mundano, padecendo tribulações e perseguições (Jo 17.14; Mt 24.9). 

Os crentes sofrem por amor a Jesus (At 9.16).

Sofrimentos por amor a Jesus não são motivo de tristeza, mas de alegria (I Pe 4.13; Tg 1.2-4), sabendo que fomos destinados a isto (I Ts 3.2-4; I Pe 2.21) e que o fazemos por amor a Cristo (II Co 12.7-10). 

Essa alegria não vem do fato de o crente gostar de ser perseguido ou de ser reputado mártir, mas pelo testemunho que dá e pelo galardão que se segue.

Sofrer pelo Evangelho é um tipo de sofrimento por amor a Jesus (II Tm 1.8), assim como sofrimentos por praticar o bem ( I Pe 2.20), sofrimentos por causa da justiça (Mt 5.10) e os sofrimentos como servos de Deus (II Co 6.4).

Os crentes também sofrem por amor ao corpo de Cristo, a igreja (Cl 1.24).

Sofrimentos suportados com paciência por um cristão servem de exemplo e testemunho para toda a Igreja. 

O apóstolo Pedro emprega sete vezes a palavra “sofrer” e “sofrimento” com referência a Cristo (I Pe 1.11; 2.21,23; 3.18; 4.1,13; 5.1), encoraja os cristãos a seguirem o exemplo de Jesus. Pedro se regozijava naquilo que uma vez rejeitou (Mt 16.22).

O apóstolo usa as mesmas palavras “sofrer” e “sofrimento” nove vezes em referência aos cristãos (I Pe 2.19,20; 3.14,17; 4.1,15,16,19; 5.9,10).

Os crentes sofrem porque Deus usa o sofrimento para cumprir Seus propósitos: 

Levar o crente de volta ao caminho correto (Pv 3.11-12; Hb 12.6-15).

“Deus sussurra-nos nos nossos prazeres, fala-nos nas nossas consciências, mas grita-nos nas nossas dores: é o seu megafone para despertar um mundo surdo!” (C.S.Lewis).

Desenvolver no crente uma capacidade de compaixão pelos outros (II Co 1.4-5).

É Deus que nos capacita para confortar no sofrimento de outros.

O sofrimento é a escola de simpatia do Espírito Santo, onde aprendemos a consolar e confortar as pessoas da mesma maneira como Deus o faz. Somente quem enfrentou dor, sofrimento e perdas pode genuinamente consolar os que enfrentam tais situações (Hb 4.15).

Confirmar o valor da fé (I Pe 1.6-7).

O sofrimento é um meio que Deus usa para fazer o crente crescer na sua fé. Pedro diz que o sofrimento é comparado à ação do fogo, como um elemento purificador, um elemento que torna o objeto aprovado, aperfeiçoado, confirmado

(Pv 27.21).

O processo de confirmação de nossa vida em fé é comparado ao processo da depuração do ouro pelo fogo.

Pedro diz que o sofrimento para a confirmação da fé vem quando necessário.

O sofrimento não é algo inevitável ou necessário. Pedro diz que o sofrimento para a confirmação da fé não é longo – Mesmo que em certas ocasiões o sofrimento possa vir sobre os crentes, ele não permanece para sempre. Jesus “aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hb 5.8) e foi “aperfeiçoado” através do sofrimento (Hb 2.10).

Se o próprio Senhor passou por tais experiências, quanto mais nós, seus discípulos!

Aperfeiçoar o caráter cristão (Rm 5.3-4; Hb 12.1-11; Rm 8.31-39).

Paulo diz que os sofrimentos produzem perseverança – Na língua grega, a palavra “perseverança” pode também ser traduzida por paciência, persistência e constância.

A árvore que desenvolve um tronco resistente é aquela que enfrenta a fúria do vento. 

Paulo diz que a perseverança produz experiência.

Na língua grega, a palavra “experiência” pode ser traduzida por “caráter provado”.

A ideia é a de alguém que foi testado e saiu vitorioso no teste, tendo desenvolvido um caráter amadurecido pelos sofrimentos.

Paulo diz que a experiência produz esperança.

Para o cristão, o sofrimento é o ponto em que o poder da esperança fica cada vez mais claro, ligando o nosso presente ao futuro de vitória (Rm 8.18). Deus usa o sofrimento para refinar-nos (Sl 66.10; Sl 119.67, 71).

Deus usa o sofrimento dos justos para propagar o seu reino e seu plano redentor (Gn 45.7). Nosso grande exemplo é o sofrimento de Cristo (I Pe 2.21).

A palavra traduzida “exemplo” indica um escrito, o “original” a ser copiado. Cristo nos deixou o padrão a ser seguido (I Pe 2.23), experimentou perseguição, agonia e morte para que o plano divino da salvação fosse plenamente cumprido (I Pe 3.18).

O grande alvo de seu sofrimento era a reconciliação do homem com o Criador (I Pe 2.24).

Deus usa o sofrimento dos crentes para Sua própria glória (I Pe 1.7; 4.13; Ex 14.4).

Davi disse: “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos” (Sl 116.15)

“Preciosa” em hebraico significa: “de valor”, “necessária”.

Quer dizer que Ele necessita deles - a morte deles é necessária para o seu propósito eterno. Paulo com ousadia diz: “... será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte” (Fp 1.20-21). 

Quando passarmos pelo sofrimento, devemos lembrar:

1) Deus está conosco (Sl 23.4; Is 43.2; Hb 13.5) e não permitirá que soframos além do que podemos suportar (I Co 10.13).

2) Deus converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos (Rm 8.28; 2 Co 4.17).

Como aconteceu com José (Gn 50.20). 

3) Deus se importa conosco, independente da severidade das circunstâncias (Rm 8.36; II Co 1.8-10; Tg 5.11; I Pe 5.7). 

Nunca devemos permitir que o sofrimento nos leve a pensar que Deus não nos ama, nem afastar-nos de Jesus (Mt 13.20-21). 

4) Devemos recorrer a Deus em oração sincera, esperar até que Ele nos liberte da aflição (Sl 27.8-14; 40.1-3; 130) e confiar que Deus nos dará a graça para suportar a aflição até chegar o livramento (I Co 10.13; 2 Co 12.7-10).

Convém lembrar de que sempre “somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37; Jo 16.33).

A fé cristã não consiste na remoção de fraquezas e sofrimento, mas na manifestação do poder divino através da fraqueza humana (II Co 4.7)

5) Devemos ler a Palavra de Deus, principalmente os salmos de conforto em tempos de lutas (Sl 11; 16; 23; 27; 40; 46; 61; 91; 121; 125; 138) e buscar revelação e discernimento da parte de Deus referente à situação específica que vivemos. 

6) Não adianta questionarmos a razão dos sofrimentos (Sl 73.16-17), pois os planos de Deus são impossíveis de serem totalmente conhecidos pelo homem (Rm 11.33).

Conclusão.

Chegará o dia quando todo sofrimento será eliminado pelo Senhor (Ap 21.4).

John Stott 

Leia:(II Timóteo 4:3,4).

Pr. Jarbas Caldas Diniz

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